Historia de Goiania

Historia de Goiânia



SURGE O REALIZADOR
A revolução de 30 deu um idealista da mesma têmpera de Couto Magalhães a Goiás. A 22 de Novembro desse ano assumiu o Governo do Estado, como interventor Federal, o médico Pedro Ludovico Teixeira. Quem era esse Homem ? Nasceu na virada do século, em 1.891, na cidade de Goiás. No Rio de Janeiro onde se formou em Medicina, tornou-se amigo de Lima Barreto e de Olavo Bilac e defendeu tese sobre a histeria, numa época em que todas as teorias de Freud eram completa novidade. De volta a Goiás, instalou sua clínica em Rio Verde, mas achava a vida monótona e caiu em melancolia. As viagens ao Rio combatiam o tédio, que ele venceu ao descobrir dois amores da vida inteira: A política e Dona Gercina Borges, com quem se casou.

Governou o estado em cinco períodos, como Interventor ou
Governador (eleito duas vezes). O construtor de Goiânia lutou
pela construção de Brasília, defendeu as reformas sociais e
o voto dos analfabetos. Foi senador eleito em três mandatos,
o último interrompido com a cassação de seus direitos
políticos, em 1.968. Continuou ativo, lutando pela
redemocratização do País. Faleceu em 1.979.
(na foto) - Em frente ao Palácio improvisado, pioneiros aguardam a notícia da transferência definitiva da capital. Lá dentro, Pedro Ludovico, assina o decreto.


GOIÁS, UM SONHO SECULAR

Encravada nas montanhas e construída em solo rochoso, a cidade de Goiás, capital do Estado, tinha de encanto o casario colonial, cujos quintais terminavam em córregos de água fresca. Nos salões da oligarquia, herdeira da riqueza criada pela exploração do ouro, falava-se tanto o francês quanto o português, as igrejas construídas por escravos ostentavam imagens barrocas pintadas a ouro, obra do escultor Veiga Valle. Mas o luxo dos livros e das sedas importadas convivia com a desesperança de uma cidade onde, nas primeiras décadas deste século, já não se construía mais do que uma casa por ano, e nas noites de luar, o lirismo das serenatas era pontuado pelos gemidos da febre, provocada pelo esgoto a céu aberto. Já em 1.830, o Marechal de Campo Miguel Lino de Morais, segundo Governador de Goiás no Império, lançou em primeira mão, a idéia da mudança da capital goiana. Imaginou-a no norte, nas proximidades de Água Quente, consoante notícia o historiador
Americano do Brasil, acrescentando que a opinião não agradou a espírito da população da cidade. O argumento contrário à primeira vista, pareceu decisivo. Como poderia um Estado pobre, supremamente pobre, um governo sempre endividado, permitir se o luxo de construir uma nova capital? Desde o ponto de vista, a construção de Goiânia podia ser qualificada de "loucura", de "catástrofe para a economia goiana", ou simplesmente de "ato de prepotência".

Reapareceu em 1.863, prestigiada agora pelo gênio de Couto Magalhães, misto admirável de guerreiro e administrador, que a expôs em seu livro "Primeira Viagem ao Rio Araguaia". São palavras suas: "Temos decaído desde que a Indústria do ouro desapareceu. Ora, a situação de Goiás era aurífera. Hoje, porém, que está demonstrado que a criação do gado e agricultura valem mais do quanta mina de ouro há. Continuar a capital aqui, é condenar-nos a morrer de inanição, assim como morreu a indústria que indicou a escolha deste lugar ". Depois dele foram legisladores goianos que sustentaram, por algum tempo, acesa essa idéia. A constituição do Estado de 1.891, inclusive sua reforma de 1.898, e a de 1.918 previam taxativamente a transferência da sede do governo, havendo disposto esta última, em seu artigo 5º: "A cidade de Goiás continuará a ser a capital do estado, enquanto outra coisa não liberar o Congresso".
PLANEJAMENTO DA CIDADE



O centro administrativo em construção na
praça Cívica (foto de 1963)


O interventor, na seqüência natural das diversas fases da iniciativa, continuava a tomar providências a respeito da edificação da cidade. A 6 de julho baixou um decreto encarregando o urbanista Atílio Corrêia Lima, representante da firma carioca P. Antunes Ribeiro e Cia, da elaboração do projeto, mediante o pagamento de Cr$ 55.000,00. Formado na Suíça e na França, de onde acabara de voltar, o urbanista Armando de Godoi assina em 1.935 o plano diretor da nova capital.Um projeto estilo monumental, baseado nos mesmos princípios adotados em Versailles, Kalrsruhe e Washington. O plano tinha como referência o projeto original da cidade, idealizado em 1.933, por outro urbanista, Atílio Corrêia Lima, também autor do projeto de prédios importantes, como o Palácio das Esmeraldas.

Foi um grande falatório: desvario dos modernistas planejar uma cidade para 15 mil habitantes, quando a antiga capital, dois séculos depois de fundada, contava com apenas 9 mil moradores. Topografia, zoneamento e sistema de tráfego são os fatores que norteiam o arrojado projeto. A cidade é dividida em três setores, central, destaque para a Praça Cívica, sede do Centro Administrativo, de onde se irradiam as grandes avenidas, No dia 24 de outubro de 1.933 é lançada a pedra fundamental.

ASPECTOS FÍSICOS DE GOIÂNIA


Situado na Mesoregião centro goiano e na Microregião de Goiânia, com área de 743 quilômetros quadrados, o município é limitado ao norte pelos municípios de Nerópolis e Goianápolis; ao sul pelo de Aparecida de Goiânia e Aragoiânia; a leste pelo de Bela Vista de Goiás e Senador Canedo; a Oeste, pelos de Trindade,Abadia de Goiás e Goianira. Situado em região de topografia quase plana, o território surge como degrau de acesso às terras mais elevadas do Brasil Central. O rio Meia Ponte e seus afluentes, entre os quais se destaca o ribeirão João Leite, e constituem a rede hidrográfica de Goiânia. Clima mesotérmico e úmido. Temperatura média anual de 21,9° C, devido a influência de altitude. Temperaturas mais baixas ocorrem de maio a agosto, 18,8° a 21.0 C°, meses em que a média das mínimas oscila de 9,8° C a 12,9° C. Goiânia completou em 24 outubro de 1.998, 64 anos (sessenta e quatro) , não da sua inauguração, que foi em 20 de Novembro de 1.935, mas do lançamento de sua pedra fundamental, que foi em 24 de Outubro de 1.933, idealizada por Pedro Ludovico Teixeira. Planejada para 50 mil habitantes, Goiânia tem hoje uma população estimada em 1.002.377 habitantes, de acordo com os dados do IBGE, com base no Censo realizado em 96 pelo mesmo.

GOIÂNIA - EIS O NOME


Precisava dar-se nome à Nova Capital. Em outubro de 1.933, o semanário "O Social", havia instituído um curioso concurso a respeito. Leitores de todo o Estado contribuíram, sendo interessante relembrar os nomes mais votados. Eis alguns: Petrônia, Americana, Petrolândia, Goianópolis, Goiânia, Bartolomeu Bueno, Campanha, Eldorado, Anhanguera, Liberdade, Goianésia, Patria Nova, entre outros.Ninguém todavia, sabia como ia chamar-se a cidade. Só em 2 de Agosto de 1.935, Pedro Ludovico Teixeira usou, pela primeira vez, o nome Goiânia, que envolvia Campinas, Hidrolândia e parte dos territórios de Anápolis, Bela Vista e Trindade. O nome de Goiânia é de Autoria do Professor Alfredo de Castro. Os limites geográficos dificilmente podem ser identificados, pois está praticamente emendada com as cidades circunvizinhas, ou de entorno, formando a chamada Grande Goiânia.

DOAÇÃO DE TERRAS



Nas terras desmatadas surgiam os primeiros acampamentos


O Tabelião de Campinas, Manuel Aranha dos Reis, registra em linguagem gongórica o gesto generoso do fazendeiro Andrelino de Morais, que doou cinqüenta alqueires de suas terras para a construção da cidade. Maria de Lourdes, filha de Andrelino, não participou da cerimônia. Com um grupo de amigas, ela percorria os barracões de madeira a procura de crianças, que ia matriculando para a futura escola que o pai já estava construindo na Vila Nova. A primeira escola da nova capital, mobiliada com carteiras importadas de São Paulo. Enquanto isso nas margens do Botafogo, Dona Maruca caprichava no tempero da comida. A pensão de Maruca era preferida dos funcionários graduados, freqüentada especialmente pelos engenheiros Abelardo e Jerônimo Coimbra Bueno, responsáveis técnicos pela construção .

Os operários, vindos de Minas, São Paulo e dos estados nordestinos, sonhavam construir um mundo novo, enquanto sentavam tijolos e levantavam o madeiramento dos telhados.A desilusão de Maria de Lourdes se fez mais rápido: seu nome não constou na lista de Professores nomeados para a nova escola.

CURIOSIDADES GOIANIENSES


O primeiro jornal intitulado "Goiânia", cujo primeiro número circulou a 20 de novembro de 1.935, data da instalação do Município e da Comarca de Goiânia, era dirigido e redatoriais por Guimarães Lima, Venerando de Freitas e Édson Hermano. Confessou, em seu editorial de apresentação, que aparecia exclusivamente para a propaganda da cidade. - O primeiro decreto de Goiânia foi de nº 560, de 13 de dezembro ainda de 1.935, determinando que se transferissem para a nova sede do Gabinete do Governo, a Secretaria Geral do Estado e a Casa Militar. Esse ato foi assinado com uma pena de ouro ofertada ao Governador e com a seguinte legenda: "Oferta do Povo Goiano ao Governador Pedro Ludovico, para assinar o Primeiro Decreto em Goiânia". - O primeiro orçamento do município de Goiânia (1.936) previa a arrecadação de uma receita de Cr$ 237.088,50. - A primeira Lei foi o de nº 52, da mesma data supra e concedia favores às famílias de prole numerosa, residentes no Estado. - O primeiro Secretário da Prefeitura de Goiânia, foi o Sr. Orlando Dias. - O primeiro Decreto Municipal data de 05 de Dezembro de 1.935, nomeando-o Sub-Prefeito para o Distrito de Hidrolândia. - O primeiro registro de nascimento, se deu a 10 de Janeiro de 1.936. Tratava-se de um garoto a que foi dado o nome de Goianí, filho do Sr. Germano Roriz e sua esposa, América do Sul Roriz, nascido a 05 de Abril de 1.935, ás 22 horas. - O primeiro casamento ocorreu ás 10:00 hs, do dia 23 de Janeiro de 1.936. Eram os noivos o Sr. Olavo Augusto de Santana e a Srtª. Ana Vitalina de Araújo. - A primeira visita de relevo social-administrativo foi do Sr. Thadei Grabowski, Ministro Plenipotenciário da Polônia, ocorrida a 27 de janeiro de 1.936. O ilustre hóspede, visitou a maioria das construções e foi homenageado com banquete, do qual tomaram parte os mais destacados elementos do Governo Estadual. -A primeira manifestação pública se deu a 12 de fevereiro de 1.936. Foi levada a efeito pelos servidores civis do Estado, como homenagem ao Governador pelo aumento de seus vencimentos, pela Lei nº 17, de 09 de Novembro de 1.935. - A 16 de fevereiro de 1.936 a Banda de Música da Força Policial, realizou sua primeira retreta em Goiânia, num tablado improvisado na Avenida Araguaia. - O carnaval de 1.936 (25,26 e 27 de fevereiro), foi o primeiro da Nova Capital. Houve intensa animação, ficando os festejos de Momo além da expectativa geral, Registram-se canções locais alusivas a mudança. - O primeiro óbito registrado ocorreu a 08 de março de 1.936, era de Jorge de Oliveira. - O primeiro desastre, se deu às 15 horas do dia 30 de março de 1.936, durante uma pavorosa tempestade abatida sobre a cidade. Um raio atingiu um sobrado em construção danificando-o e lançando por terra as pessoas que se abrigavam da chuva, umas das quais, chamada Doca. - O primeiro júri, realizou-se a 16 de abril de 1.936, sendo réus Antônio Vieira Borges, Heráclito Rufino e Pedro José Inocêncio, envolvidos num mesmo crime. Os jurados foram os Srs. Drs. Everardo de Souza, Arquimédes Rocha, Joaquim Augusto Santana, Milton Klopstock e Silva e José Mesquita que absolveram os presos por unamidade, dadas as circunstâncias do caso. - A data de 24 de outubro de 1.923, marcou o lançamento da Pedra Fundamental, onde hoje está o Palácio das Esmeraldas na Praça Cívica, local determinado pelo urbanista Atílio Corrêia Lima.

A TRAGÉDIA DO CÉSIO




13 de Novembro de 1.987. Dois sucateiros, Roberto Alves e Wagner Mota Pereira, percorrem o centro de Goiânia catando material para vender no ferro velho. No local conhecido como o buraco da Santa Casa (demolida alguns anos antes), eles penetram nos escombros do que fora o instituto Goiano de Radioterapia. E encontram o que lhes parece ser a coisa de valor. Um objeto todo coberto de chumbo, que carregam, quebram e desmontam. No ferro-velho dos irmãos Devair e Ivo Alves Ferreira maravilham-se com uma espécie de pedra do tamanho de um ovo, guardada dentro de uma cápsula de chumbo. Aquilo tem uma estranha luz nunca vista antes, será uma pedra preciosa? Uma mistura de curiosidade, cobiça, gestos de delicadeza e desinformação faz com que o objeto passe de mão em mão. Tão lindo que a menina Leide não resiste e lambe.
Tão raro, que um homem tira um pedaço para presentear a mulher. Outro esconde um pedacinho no bolso. Pode valer muito, ele pensa em vender. Horas depois de manusearem aquele objeto luminoso, as pessoas começam a sentir tonturas, vômitos, diarréias que não cessam com remédios caseiros. Eles se medicam como de costume, nas farmácias. Sem melhoras, alguns procuram hospitais e são tratados como portadores de doenças infecto-contagiosa. Também sem melhoras. Desconfiada, a mulher de Devair leva o que resta do objeto para a Vigilância Sanitária. Um médico suspeita que os sintomas apresentados sejam síndrome de radiação. Consultado, o físico Walter Mendes Ferreira confirmou. E deu o alarme. O objeto coberto de chumbo era uma bomba de césio-137. Da discriminação à solidariedade. Enquanto o Governador Henrique Santillo providenciava as primeiras medidas de socorro às vítimas e o isolamento dos locais supostos de contaminação, o pânico se espalhava em Goiânia. E em consequência da desinformação, também pelo país todo, viajantes de Goiás não conseguiam confirmar reservas em hotéis de outros estados brasileiros. O s negócios com produtos goianos foram suspensos internacionalmente. Henrique Santillo, fez então, uma série de viagens pelo país, para divulgar as reais dimensões do acidente. O esforço fez efeito, especialmente porque contou com o apoio generoso de artistas como Beth Faria, Lucélia Santos, Elizeth Cardoso, Stepan Nercessian, Alveu Valença, Fagner, Chico Buarque e muitos outros. Beth Faria deixou-se fotografar no Rio, ao lado de uma das vítimas hospitalizadas, demonstrando que não mais havia perigo de convívio social. A tragédia que ocorreu em Goiânia poderia ter acontecido em qualquer outra cidade brasileira, tendo em vista o descaso das autoridades responsáveis pelo controle e fiscalização de material radioativo. Morte e sofrimento não foram em vão: A constituição de 88 atualizou a legislação sobre uso e controle de material radioativo, definiu que cada Estado da federação é responsável pela guarda do lixo radioativo que produzir. E, ainda que incipiente, já existe no Brasil uma nova consciência sobre os riscos da contaminação nuclear.

BATISMO CULTURAL



Um luxo da cidade em construção
Teatro Goiânia


O representante do Estado do Piauí viajou 45 dias para aqui chegar. E não se arrependeu. A cidade que tinha perto de dez mil habitantes recebeu oito mil visitantes para as comemorações do Batismo Cultural, espécie de apresentação de Goiânia ao Brasil. Getúlio Vargas deu força, influindo para que aqui se realizasse o 8º congresso Brasileiro de Educação e a Assembléia Geral dos Conselhos do IBGE. Foram dias de discussões febris e excitantes, com destaque para o lançamento da revista Oeste, que reunia a intelectualidade. Seiscentos visitantes estrangeiros participaram das comemorações. No dia 5 de Julho de 1.942 a população despertou com o toque de alvorada, fogos de artifício contavam os céus da cidade. E, fato inesquecível, inaugurou-se o Teatro Goiânia.
No palco, a atriz Eva Todor, interpretando Deus lhe pague. Foi também no Teatro que Pedro Ludovico entregou a chave simbólica da cidade ao Prefeito Venerando de Freitas Borges. Eram 52 moças, que sempre se apresentavam em trajes de gala. Foram assunto de reportagem da revista "O Cruzeiro", em 1.960. Não era para menos, afinal nasceu em Goiânia a Segunda orquestra exclusivamente feminina do mundo. A idéia foi da então professora, hoje pianista internacional, Belkis Spenciéri. Muito aplaudidas, as moças tocaram para Juscelino Kubistscheck, em Minas Gerais. Mas, apesar do entusiasmo, o sonho acabou em três anos. Namorados e maridos ficaram enciumados. Feminismo à parte, a pianista Belkiss, que não é de desistência, reconhece que o repertório era pequeno e nenhum grande talento se destacou. Pioneiras do show biz, elas impressionavam pelo visual.


Orquestra Sinfônica Feminina

CURIOSIDADES SOBRE GOIÂNIA


O primeiro Aeroporto de Goiânia,
onde fica hoje a praça do Avião


GOIÂNIA EM GESTAÇÃO

"E o povão foi chegando e se ajeitando pelos bairros Popular e Botafogo e outros que surgiram mais distantes - Vila Nova, Nova Vila, Vila Operária e Macambira, que virou Setor Pedro Ludovico. Goiânia crescia, orgulhosa, aos olhos dos campineiros que faziam fé que, um dia, suas ruas chegariam a Campinas. Mas duvidavam, pois, entre a Capital e o bairro que lhe deu sustento, havia nada menos que seis quilômetros de matas. E ainda mais: como remover o aeroporto que começava no fim da Avenida Tocantins? Era ali mesmo, no cruzamento das avenidas Paranaíba e Tocantins, que começava o aeroporto de Goiânia,
onde aterrissavam aviões da Vasp e Panair e onde Getúlio Vargas desceu, em 1940, para inaugurar o Jóquei Clube. E o povo chegava de aeroplano, chegava de carroça, de caminhão que descia desembestado dos caminhos do Norte, e vinha de mala e bagagem, para ficar com Pedro Ludovico, braços fortes a erguer prédios, capinar ruas, furar buracos para a passagem dos canos de água que caia límpida nos elegantes bangalôs das ruas de números numéricos, com ligeira semelhança às denominações das avenidas de Nova York".



DECRETO DA MUDANÇA

O Batismo Cultural de Goiânia ocorreu no dia 5 de julho de 1942 na presença de expressivos nomes da política brasileira. Para contar a história do centro de Goiânia, o Instituto de Planejamento Municipal - Iplan, em seu projeto "Goiânia 21", preparou um completo levantamento sobre a ocupação da capital a partir de 1940. Conta o projeto que neste ano, o Censo Demográfico já apontava uma população urbana da ordem de 18.889 pessoas, com predomínio de funcionários públicos, comerciantes, especuladores imobiliários e remanescentes da fase de construção. Goiânia foi construída às margens do Córrego Botafogo, nas terras das fazendas Criméia, Vaca Brava e Botafogo, pertencentes ao município de Campinas. Sua concepção, foi inspirada no projeto que o urbanista Unwin traçou para a cidade de Letchwhorth, protótipo das cidades jardins concebidas por Ebnezer Howard, em fins do século passado. A partir de outubro de 1935, já sob a coordenação







Governador Pedro Ludovico assina o decreto 1.816, mudando em definitivo a capital de Goiás para Goiânia,
em 3 de março de 1937.
Da esquerda para a direita:
João d´Abreu, Irani Ferreira, Albatênio Caiado Godói, Manoel Gomes Pereira, Solon de Almeida, Colemar Natal e Silva, Belarmino Cruvinel,
Benedito Silva Albuquerque,
Joaquim Câmara Filho e João Melo

de Armando Augusto de Godoy, a cidade até então restrita às zonas central e Norte (antigo bairro Popular) teve reformulado o seu Plano Diretor com a proposição do parcelamento do Setor Oeste e fortes modificações do arruamento do Setor Sul. As primeiras obras de infra-estrutura foram realizadas em 1940 e o crescimento da cidade tornou-se mais acelerado com novos parcelamentos. Em 1947 foi aprovado o Código de edificações de Goiânia que abrangia toda a legislação urbana.



Av. Anhangüera com
Av. Tocantins - Centro (já em 1952)


Capital do Sonho

Em 1950 a população já tinha saltado para 53.389 pessoas, das quais 40.353 na área urbana. Área que era basicamente constituída pelos setores Central, Norte, Sul, Oeste e cidade satélite. Um rápido crescimento que superava o planejamento inicial de uma população total de 50 mil habitantes mas que seguia, ainda, basicamente, o Plano de Urbanização de 1930. Os anos cinqüenta foram assim descritos por Mendonça Teles
em "A Vida de Pedro Ludovico": No início dos anos cinqüenta, a fotografia aérea de Goiânia mostra a cidade acabando nos muros do Jóquei Clube, por que daí, em direção a Campinas, havia a estrada de duas pistas, sem asfalto, guardada por longas fileiras de arame, coberta de campos e matas e à direita, a área de segurança do Aeroporto. Na baixada, o Lago das Rosas, e o Horto Florestal com seus encantos e mistérios. E domingo era aquele mutirão de gente que os buscava para curtir as suas horas de lazer. Não há vivente dessa geração que não tenha mergulhado seus sonhos e prazeres nas águas verdes do Lago das Rosas ou descansado piquenique nas matas do Horto Florestal. A bicicleta era o principal meio de transporte, e chegaram a dizer que Goiânia só perdia para Joinville, em Santa Catarina, tal a quantidade de veículos que cruzavam pelas ruas. Jussara Marques, a nossa Miss Brasil, pedalava, pedalava... Campinas praticamente vivia da Praça Joaquim Lúcio ao Lado da Matriz, onde o Colégio Santa Clara surgia, imponente, escondendo por trás de suas paredes misteriosas os olhos do amor platônico, simbolizado naquele uniforme azul e branco, "trazendo um sorriso franco num rostinho encantador". E Goiânia escorria sua gente no trajeto da Praça do Bandeirante ao Cine Teatro Goiânia, ou, aos domingos, nas matinês dançantes do Jóquei, nos cines Santa Maria e Goiás, ou ainda no futebol do Estádio Pedro Ludovico, a arrastar apaixonados dragões e carijós. O Ateneu Dom Bosco, em regime de externato e internato, cuidava da parte cultural, esportiva e espiritual dos nossos moços, enquanto o Colégio Santo Agostinho esmerava na beleza de nossas meninas. O Lyceu de Goiânia, a Escola Técnica Federal e o Instituto de Educação modelavam a juventude para o Brasil de amanhã.


BERÇO DE GOIÂNIA

Sonho Colorido - Nos anos 60, quando nem se pensava em Transurb, o lotação prestou relevante serviço no transporte coletivo entre Goiânia e Campinas. Goiânia era um presépio do sonho colorido. A Praça Cívica ostentava a sua beleza com os obeliscos apontados para o céu. O coreto, guardião das retretas das "furiosas" e dos comícios políticos, dormia a sonolência da tarde. De vez em quando "Luizinho Louco", ou "Seu Marido Morreu", chegava para descansar o corpo carregado de impropérios. O asfalto descia pela Tocantins, Araguaia e Goiás e se fechava na Paranaíba, passarela dos Studebaker, Prefect, Austin e V-8, que transitavam preguiçosos naquelas tardes do nada. Em frente ao Grande Hotel, "Burro Preto", com seu inconfundível terno branco, exercitava a democracia nos gestos e na voz, atraindo a atenção dos goianienses que riam de suas excentricidades.







Lotação que fazia o percurso Goiânia/Campinas

E o "Badu?" Que breca levou aquele crioulo metido a sebo, que tomava pileques no Tip Top? E o "Zé Tintureiro?", aquele "letrado" e elegante crioulo que descia a rua saudando todo mundo: - Olá, Excelência, olá, Reverendo, olá, Majestade! E quando o Zé danava a falar francês? Falava tão bonito que a gente chegava a acreditar que era francês mesmo. E a "Mulher do Arara?" Bonita, cabelos longos, trazendo nos ombros a arara de penas azuis e amarelas, naquele andar incerto, místico, pelos cantos da Cidade. Tipos de rua desfilando eternamente na memória. E o Zé Décio? Seu único livro, "Poemas e Elegias" publicado em 1953, foi o bastante para consagrá-lo como um dos grandes poetas de Goiás. Sua fama cresceu, atravessou fronteiras, mas Zé Décio não mais publicou livros. Acabrunhou-se, entristeceu-se, brigou com o mundo. Sempre era visto nas imediações do Grande Hotel, calado, cabeça baixa, andando naqueles passos poéticos tristes. Não conversava com ninguém. Diziam que o poeta estava louco. Mesmo assim não deixava de produzir versos, inéditos, escritos em qualquer pedaço de papel, hoje disputados por amigos". Neste período que vai até 1955, de acordo com o projeto "Goiânia 21", Goiânia experimenta um crescimento moderado para uma cidade recém-implantada, calmaria que vai desaparecer com a aceleração do fenômeno migratório no Brasil e especialmente com o início da construção de Brasília e das obras viárias promovendo a ligação do Planalto Central com o resto do país. Estas afirmações não diminuem, entretanto, a importância para a nova capital de surtos de crescimento populacional causados por fatos notáveis, como a chegada da ferrovia (1951) a política de interiorização de Vargas (1951-1954) a inauguração da Usina do Rochedo (1955). Em 1960 Goiânia já contava com 150 mil habitantes.




Rua 10, à esquerda a Catedral em construção


Entre as Metrópoles

A década de 60, na descrição de "A Vida de Pedro Ludovico", marca a arrancada definitiva de Goiânia rumo à imponência, à busca de seu espaço entre as maiores e mais belas metrópoles brasileiras. A década é da Goiânia do Lanche Americano, do Casablanca, das meninas do Lyceu e das paradas de 7 de Setembro, da coluna social do LBP, o Lourival Batista Pereira. Pela manhã o goianiense é acordado pela voz do jornaleiro-mirim "Fooolha de Goiás de hoooje! Poooopular de hooooje! ou o grito poético do padeiro, anunciando o pão-nosso de cada dia: - Padeeeiro!" A cidade crescendo, os bairros surgindo distantes,
Vila Coimbra, Setor Universitário, Setor Ferroviário, Setor dos Funcionários, Setor Sul, Setor Oeste, Setor Aeroporto, Setor Fama, Vila Abajá, Vila Santa Helena, Setor Pedro Ludovico, mudando a fisionomia da cidade e requerendo infra-estrutura, transportes, energia, escolas. Surgem as universidades Católica e Federal, segurando os nossos jovens que buscavam os grandes centros, matéria-prima privilegiada para expandir o desenvolvimento. Brasília, sonho de Dom Bosco e realização de JK, encosta nos calcanhares de Goiânia, trazendo, para o Centro-Oeste, as atenções universais. Pedro Ludovico, de sua casa na Rua 26, envelhecendo com a cidade, vai assistindo à brutal transformação de sua Goiânia e de seu Goiás sem "y" no meio. Zoroastro Artiaga vai juntando as peças da história para o Museu que leva seu nome. O Aeroporto muda para o Bairro Santa Genoveva e, em seu lugar, surgem espigões de apartamentos, dando nova feição à parte Norte da cidade que já se emenda com o Setor Fama, Vila Operária e Setor dos Funcionários, entrando em suas ruas no Bairro de Campinas. A grande Goiânia parece surgir na extensão horizontal-vertical de seus novos bairros, inúmeros, a descaracterizar o plano piloto do paulista Atílio Corrêa Lima: Jardim América, Setor Bueno, Nova Suíça, Vila Redenção, Vila Canaã, Bairro Feliz, Jardim Novo Horizonte, Setor Sudoeste, Vila Bethel, Setor Criméia Leste, Vila Ana Maria, Parque Amazonas, Jardim Guanabara, Cidade Jardim, Setor Urias Magalhães, Vila São José, Setor Moraes, Setor Capuava, Setor Jaó, Vila Yate, Parque das Laranjeiras, Setor Rodoviário, Jardim Esmeralda, Jardim Meia Ponte, Vila Isaura, Setor Bela Vista, Vila União, Vila Cel. Cosme, Vila Lucy, Vila Viana, Conjunto Riviera, Jardim Presidente, Jardim Califórnia e outros mais humildes que vão surgindo nas baixadas do Meia Ponte, Anicuns, João Leite, rios de infância, correndo na memória de todos nós. E Goiânia está sorrindo; não é mais a menina que brincava de cabra-cega nas várzeas do Capim Puba e se banhava, às escondidas, nas águas do Botafogo. Não é mais a Goiânia de 1933 da pedra fundamental das terras doadas por Andrelino de Morais; Goiânia de 42, do Batismo Cultural, da Revista Oeste - cultura falando mais alto na imensidão do planalto. A Goiânia de hum milhão de habitantes está crescendo, agiganta-se, suas ruas transbordam além do Meia-Ponte. Os ribeirões João Leite, Anicuns, Cascavel, Santo Antônio e Capivara, que antes deslizavam virgens, guardados pelas matas densas, correm desnudos pelos fundos dos quintais. O estudo realizado pelo Iplan aponta que a partir de 1970 e mais rapidamente de 1975, a cidade expandiu significativamente o seu parcelamento urbano. E, embora Goiânia aumentasse fortemente sua população (em 1980 já possuía cerca de 700 mil habitantes, com apenas 2% na zona rural) as exigências para novos loteamentos aumentava o valor dos lotes urbanos e fazia surgir grande número de loteamentos nas cidades vizinhas, com oferta dirigida especialmente para as classes de renda mais baixa.



Goiânia Forte, Resoluta

Chegamos à geração 70. Goiânia apresenta-se forte e resoluta em sua caminhada rumo ao destaque que conquistaria mais tarde no cenário nacional. Em seu livro, Mendonça Teles descreve a Capital "com milhares de carros conduzindo homens apressados, em busca do primeiro minuto. Três canais de televisão, três jornais diários e outros semanários, um estádio de futebol entre os primeiros do Brasil, Serra Dourada, do Vila Nova, do Atlético, do Goiás e do Goiânia e o povão de radinho em punho e o grito de gol quebrando a tarde de domingo, que se emenda até a Praça Tamandaré, onde motoqueiros fazem acrobacias nos olhos da namorada. Siron Franco, o menino prodígio, assombra o Brasil com suas telas onde "pululam anões", velhas caquéticas, bispos croróticos, potentados góticos, figuras catapléticas, "carcaças carcomidas", no dizer de Millôr Fernandes. Omar Souto, Cleber Gouveia, Amaury Menezes, D.J. Oliveira, Alcione, Vanda Pinheiro e Iza Costa vão gravando, em suas telas, a caminhada do homem e as coisas que o amarram ao universo. Maria Guilhermina, Poteiro e Neusa Moraes







Desbravando o cerrado Goiânia já ganhara vários prédios públicos. Gente de todo o Brasil continuava a chegar. A mais nova capital brasileira transformava-se na espe-
rança de vida melhor para aqueles que aceitavam o desafio de desbravar o cerrado. A foto da década de 50 mostra o asfaltamento da segunda pista da Av Anangüera próximo do Lago das Rosas

dando vida e sentimento às coisas inanimadas, esculturas vivas movimentando o nosso universo cultural.




Mapa da Região Metropolitana de Goiânia


Região Metropolitana

Buscar instrumentos de desenvolvimento capazes de beneficiar as áreas intra-urbanas, a fim de promover o crescimento sustentável e ordenado do território, com a conseqüente melhoria da qualidade de vida da população. Essa é uma das premissas básicas da Região Metropolitana de Goiânia que, além da Capital, envolve outros dez municípios conurbados ou próximos geograficamente. Muitos dos problemas que afetam as populações dos municípios envolvidos poderão ter solução mais rápida com a área metropolitana. Esses entraves se afloram com mais ênfase na questão do uso do solo, transporte urbano, geração de emprego e renda e infra-estrutura social como saúde, educação, habitação e segurança pública. Somente com a implementação de ações conjuntas rápidas e eficazes por meio de parceria do Governo Estadual, dos municípios e da iniciativa privada poderão ser solucionados os grandes problemas que vão se acumulando ao longo dos anos como conseqüência do rápido crescimento populacional e pela
ocupação desordenada do solo, além da crescente demanda por serviços públicos. Aprovada pela Assembléia Legislativa no final de 1999, a Região Metropolitana de Goiânia encontra-se em fase de consolidação. Para consecução dos objetivos propostos, a área metropolitana de Goiânia está sendo gerida pelo Sistema Gestor da Região Metropolitana de Goiânia, que compreende o Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Goiânia, a Secretaria Executiva da Região Metropolitana de Goiânia e ainda por organismos ou entidades municipais responsáveis pelo desenvolvimento urbano, em cada município.



Uso do Solo

Goiânia, Abadia de Goiás, Aparecida de Goiânia, AraGoiânia, Goianápolis, Goianira, Hidrolândia, Nerópolis, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo e Trindade são os 11 municípios que compõem a Região Metropolitana de Goiânia. A população da área atinge 1,6 milhão de pessoas, ou 36% dos habitantes do Estado, concentrados em apenas 1,5% da área territorial de Goiás. Com a aprovação da Região Metropolitana de Goiânia, através da lei complementar nº 027, foi criada também a Região de Desenvolvimento Integrado de Goiânia, na forma de uma microrregião composta por sete municípios: Bela Vista, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caturaí, Inhumas, Nova Veneza e Terezópolis de Goiás. Todos os parâmetros de funcionamento







Vista parcial do Parque Vaca Brava em Goiânia

e atribuições dessa região estão em discussão pelo Governo e definidos em lei ordinária. A principal característica que diferencia a Região Metropolitana de Goiânia da Região de Desenvolvimento Integrado de Goiânia é quanto às normas sobre uso e parcelamento do solo: na área metropolitana essas questões ficam sob a anuência prévia do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Goiânia ou seja, do órgão metropolitano gestor. Para isso foi criada na lei complementar que normatiza a Região Metropolitana de Goiânia a Câmara Temática para uso e parcelamento do solo, que funciona em caráter permanente, para analisar e estudar todas as questões ligadas ao assunto, com participação ativa da sociedade organizada.




Nos anos 40 o cruzamento da Rua 20 com a Av. Anhanguera - Centro



Primeiras Regiões

As primeiras regiões metropolitanas foram criadas no País pelo Governo Federal, por determinação da Constituição de 1967. Em 8 de junho de 1973, a Lei Complementar nº 14 estabeleceu as regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, Curitiba, Belém e Fortaleza. A Constituição de 1988 deu maior autonomia aos Estados e Municípios, transferindo a eles o poder de criação de regiões metropolitanas. Assim, nos últimos anos surgiram no Brasil as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (hoje extinta devido a
dificuldades de gestão), da Baixada Santista, da Grande Vitória, de Londrina e Maringá.



Estação de Tratamento de Esgoto

Até o final de 2001 estarão concluídas as obras de construção da Estação de Tratamento de Esgoto de Goiânia - ETE. O programa de implantação da ETE e despoluição da bacia do Meia Ponte, propiciará o renascimento da importante malha hídrica que corta a Capital, com reflexos altamente positivos para a melhoria da qualidade de vida da população, beneficiando ao todo 2 milhões de pessoas. O tratamento do esgoto sanitário é uma







Ilustração da estação de tratamento de esgoto

reivindicação antiga da população goianiense e dos 36 municípios que integram a bacia do Meia Ponte. Ao longo dos anos este rio vem recebendo praticamente todo o esgoto coletado na Capital, sem tratamento. Hoje, apenas 7% do esgoto coletado em Goiânia é reciclado. Com isso, aproximadamente 100 quilômetros do rio, à jusante de Goiânia, estão comprometidos em decorrência dessa contaminação. Com a estação, 70% do esgoto passará a ser tratado. O restante, receberá tratamento por intermédio de pequenas estações a serem construídas posteriormente. A Estação de Tratamento de Esgoto de Goiânia, chamada ETE Anicuns, está sendo construída dentro das mais modernas especificações técnicas às margens do rio Meia Ponte, logo após a confluência do Ribeirão Anicuns, na Região Norte, próxima ao Goiânia 2. O sistema Anicuns, que compreenderá o esgotamento das bacias do Ribeirão Anicuns e demais afluentes da margem direita do Meia Ponte, do Córrego Caveirinha e do Ribeirão João Leite, terá um único e principal pólo de tratamento dos esgotos, a ETE Anicuns. A recuperação ambiental do Meia Ponte, a ser proporcionada pela implantação da ETE, beneficiará, além da Capital, os municípios de Aparecida de Goiânia, Hidrolândia, Mairipotaba, Pontalina, Aloândia, Bom Jesus de Goiás, Senador Canedo, Bela Vista de Goiás, Piracanjuba, Morrinhos, Goiatuba e Panamá, atendendo, na primeira etapa, uma população de aproximadamente 800 mil habitantes. Até o final de 2005, a ETE será expandida para atender mais 1,2 milhão de pessoas. Um convênio do Programa de Execução Descentralizada, firmado pelos governos do Estado e Federal, garantirá a recomposição das matas ciliares do Meia Ponte através da instalação de viveiros em 22 dos 36 municípios que utilizam recursos do rio, ou são por ele cortados.

fonte : copilados do site http://www.felipex.com.br/goiania.htm

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