Sete vereadores são interrogados sobre desvio de dinheiro em Goiânia


Sete vereadores são interrogados sobre desvio de dinheiro em Goiânia


Os vereadores Tiãozinho Porto(PROS),Vinicius Cirqueira(PROS), Jair Diamantino(PSDC), Anderson Sales(PSDC), Kleybe Moraes (PSDC), Zander Fábio(PEN) do mesmo partido do ex-presidente da AGETUR, Dario Paiva, preso na 1º fase da operação mutigrana. Todos foram interrogados pelo Ministério Público Estadual, que investiga o desvio de dinheiro da bilheteria do parque mutirama. O prejuízo aos cofres públicos pode chegar a 3 milhões de reais. O interrogatório mais demorado foi o do tambem ex-presidente da AGETUR Sebastião Peixoto. O vereador Wellington Peixoto(PMDB) também foi ouvido.

O promotor de Justiça Ramiro Carpenedo, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e responsável pelo caso, não quis grava entrevista, mas disse à TV Anhanguera que os vereadores foram citados em outros depoimentos.
Ele afirmou ainda que só se pronunciará sobre as investigações quando apresentar a denúncia à Justiça.
O que dizem os políticos
Wellington Peixoto afirmou a maioria dos questionamentos feitos a ele foram relacionados ao período de seu pai a frente da Agetul. "Foram perguntas corriqueiras, se eu frequentava o parque na época em que meu pai era presidente, se eu soube de alguma questão de envolvimento dessa operação”, afirma.
Já Zander Fábio disse que não tinha nada a esconder. Ele é do mesmo partido de Dário Paiva, também ex-presidente da Agetul, que foi preso na primeira fase da operação. "O que for me perguntado, todas as perguntas terão respostas. O ex-presidente era do meu partido. Estou aí à disposição”, destacou.
A assessoria de Anderson Sales informou que o vereador não tem envolvimento no caso e está à disposição para esclarecimentos.
Kleybe Morais alegou que nunca usou o parque de forma indevida.
Sebastião Peixoto disse que na época em que foi presidente da Agetul não sabia de desvios nas bilheterias do Mutirama.
Montanha russa do Parque Mutirama é um dos principais pontos da polêmica
Inicialamente, o G1 havia noticiado que o vereador Tiãozinho Porto (PROS) havia sido notificado e prestado depoimento na sede do MP. No entanto, o promotor de Justiça Ramiro Carpenedo Netto confirmou à reportagem que o parlamentar "não tem envolvimento com o caso" e que, inclusive, retirou, nesta quinta-feira (17), uma certidão no órgão comprovando que não é investigado.
Em nota, a defesa de Tiãozinho Porto também informou que "o vereador não tem conhecimento dos fatos e sequer foi notificado para comparecer na sede do MP-GO". Alegou ainda que a informação causa "estranheza", uma vez que na data mencionada, ele participava de uma sessão da Comissão Especial de Inquérito (CEI) das contas públicas.
Ao G1, um funcionário do gabinete de Vinícius Cirqueira confirmou que ele esteve no MP para depor, mas alegou que somente a chefia de gabinete poderia falar sobre o caso. A reportagem entrou em contato, mas as ligações não foram atendidas.
O G1 também entrou em contato com o gabinete de Jair Diamantino, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem.
A TV Anhanguera e o G1 não conseguiram contato com o ex-presidente da Agetul Dário Paiva.
Prisões
A primeira fase da operação aconteceu no dia 23 de maio. Foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária, cinco de condução coercitiva e 12 de busca e apreensão em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo. Os detidos saíram do presídio antes do fim do prazo dos mandados de prisão, segundo o MP.
Segundo direção da Agetul, a operação começou após uma denúncia da própria agência, que comparou o total da bilheteria deste ano com o arrecadado em anos anteriores. Em 2017, o lucro foi de R$ 20 mil, enquanto em R$ 2016, apenas R$ 2 mil. Essa discrepância chamou a atenção do órgão, que denunciou o caso ao Ministério Público.
O promotor responsável pela investigação, Ramiro Carpenedo Netto, não confirmou, mas também não negou a afirmação da Agetul.
Já na segunda fase, realizada em 26 de maio, foram cumpridos mais quatro mandados de prisão e dois mandados de busca e apreensão.
O dinheiro desviado por organização criminosa da bilheteria dos parques era usado para fins políticos e enriquecimento pessoal, segundo explicou Netto.
Materia exibida no Jornal Anhaguera 2º Edição
Video: http://g1.globo.com/goias/

Comentários