Historia de Goiania parte 2

CURIOSIDADES SOBRE GOIÂNIA


O primeiro Aeroporto de Goiânia,
onde fica hoje a praça do Avião


GOIÂNIA EM GESTAÇÃO

"E o povão foi chegando e se ajeitando pelos bairros Popular e Botafogo e outros que surgiram mais distantes - Vila Nova, Nova Vila, Vila Operária e Macambira, que virou Setor Pedro Ludovico. Goiânia crescia, orgulhosa, aos olhos dos campineiros que faziam fé que, um dia, suas ruas chegariam a Campinas. Mas duvidavam, pois, entre a Capital e o bairro que lhe deu sustento, havia nada menos que seis quilômetros de matas. E ainda mais: como remover o aeroporto que começava no fim da Avenida Tocantins? Era ali mesmo, no cruzamento das avenidas Paranaíba e Tocantins, que começava o aeroporto de Goiânia,
onde aterrissavam aviões da Vasp e Panair e onde Getúlio Vargas desceu, em 1940, para inaugurar o Jóquei Clube. E o povo chegava de aeroplano, chegava de carroça, de caminhão que descia desembestado dos caminhos do Norte, e vinha de mala e bagagem, para ficar com Pedro Ludovico, braços fortes a erguer prédios, capinar ruas, furar buracos para a passagem dos canos de água que caia límpida nos elegantes bangalôs das ruas de números numéricos, com ligeira semelhança às denominações das avenidas de Nova York".



DECRETO DA MUDANÇA

O Batismo Cultural de Goiânia ocorreu no dia 5 de julho de 1942 na presença de expressivos nomes da política brasileira. Para contar a história do centro de Goiânia, o Instituto de Planejamento Municipal - Iplan, em seu projeto "Goiânia 21", preparou um completo levantamento sobre a ocupação da capital a partir de 1940. Conta o projeto que neste ano, o Censo Demográfico já apontava uma população urbana da ordem de 18.889 pessoas, com predomínio de funcionários públicos, comerciantes, especuladores imobiliários e remanescentes da fase de construção. Goiânia foi construída às margens do Córrego Botafogo, nas terras das fazendas Criméia, Vaca Brava e Botafogo, pertencentes ao município de Campinas. Sua concepção, foi inspirada no projeto que o urbanista Unwin traçou para a cidade de Letchwhorth, protótipo das cidades jardins concebidas por Ebnezer Howard, em fins do século passado. A partir de outubro de 1935, já sob a coordenação







Governador Pedro Ludovico assina o decreto 1.816, mudando em definitivo a capital de Goiás para Goiânia,
em 3 de março de 1937.
Da esquerda para a direita:
João d´Abreu, Irani Ferreira, Albatênio Caiado Godói, Manoel Gomes Pereira, Solon de Almeida, Colemar Natal e Silva, Belarmino Cruvinel,
Benedito Silva Albuquerque,
Joaquim Câmara Filho e João Melo

de Armando Augusto de Godoy, a cidade até então restrita às zonas central e Norte (antigo bairro Popular) teve reformulado o seu Plano Diretor com a proposição do parcelamento do Setor Oeste e fortes modificações do arruamento do Setor Sul. As primeiras obras de infra-estrutura foram realizadas em 1940 e o crescimento da cidade tornou-se mais acelerado com novos parcelamentos. Em 1947 foi aprovado o Código de edificações de Goiânia que abrangia toda a legislação urbana.



Av. Anhangüera com
Av. Tocantins - Centro (já em 1952)


Capital do Sonho

Em 1950 a população já tinha saltado para 53.389 pessoas, das quais 40.353 na área urbana. Área que era basicamente constituída pelos setores Central, Norte, Sul, Oeste e cidade satélite. Um rápido crescimento que superava o planejamento inicial de uma população total de 50 mil habitantes mas que seguia, ainda, basicamente, o Plano de Urbanização de 1930. Os anos cinqüenta foram assim descritos por Mendonça Teles
em "A Vida de Pedro Ludovico": No início dos anos cinqüenta, a fotografia aérea de Goiânia mostra a cidade acabando nos muros do Jóquei Clube, por que daí, em direção a Campinas, havia a estrada de duas pistas, sem asfalto, guardada por longas fileiras de arame, coberta de campos e matas e à direita, a área de segurança do Aeroporto. Na baixada, o Lago das Rosas, e o Horto Florestal com seus encantos e mistérios. E domingo era aquele mutirão de gente que os buscava para curtir as suas horas de lazer. Não há vivente dessa geração que não tenha mergulhado seus sonhos e prazeres nas águas verdes do Lago das Rosas ou descansado piquenique nas matas do Horto Florestal. A bicicleta era o principal meio de transporte, e chegaram a dizer que Goiânia só perdia para Joinville, em Santa Catarina, tal a quantidade de veículos que cruzavam pelas ruas. Jussara Marques, a nossa Miss Brasil, pedalava, pedalava... Campinas praticamente vivia da Praça Joaquim Lúcio ao Lado da Matriz, onde o Colégio Santa Clara surgia, imponente, escondendo por trás de suas paredes misteriosas os olhos do amor platônico, simbolizado naquele uniforme azul e branco, "trazendo um sorriso franco num rostinho encantador". E Goiânia escorria sua gente no trajeto da Praça do Bandeirante ao Cine Teatro Goiânia, ou, aos domingos, nas matinês dançantes do Jóquei, nos cines Santa Maria e Goiás, ou ainda no futebol do Estádio Pedro Ludovico, a arrastar apaixonados dragões e carijós. O Ateneu Dom Bosco, em regime de externato e internato, cuidava da parte cultural, esportiva e espiritual dos nossos moços, enquanto o Colégio Santo Agostinho esmerava na beleza de nossas meninas. O Lyceu de Goiânia, a Escola Técnica Federal e o Instituto de Educação modelavam a juventude para o Brasil de amanhã.


BERÇO DE GOIÂNIA

Sonho Colorido - Nos anos 60, quando nem se pensava em Transurb, o lotação prestou relevante serviço no transporte coletivo entre Goiânia e Campinas. Goiânia era um presépio do sonho colorido. A Praça Cívica ostentava a sua beleza com os obeliscos apontados para o céu. O coreto, guardião das retretas das "furiosas" e dos comícios políticos, dormia a sonolência da tarde. De vez em quando "Luizinho Louco", ou "Seu Marido Morreu", chegava para descansar o corpo carregado de impropérios. O asfalto descia pela Tocantins, Araguaia e Goiás e se fechava na Paranaíba, passarela dos Studebaker, Prefect, Austin e V-8, que transitavam preguiçosos naquelas tardes do nada. Em frente ao Grande Hotel, "Burro Preto", com seu inconfundível terno branco, exercitava a democracia nos gestos e na voz, atraindo a atenção dos goianienses que riam de suas excentricidades.







Lotação que fazia o percurso Goiânia/Campinas

E o "Badu?" Que breca levou aquele crioulo metido a sebo, que tomava pileques no Tip Top? E o "Zé Tintureiro?", aquele "letrado" e elegante crioulo que descia a rua saudando todo mundo: - Olá, Excelência, olá, Reverendo, olá, Majestade! E quando o Zé danava a falar francês? Falava tão bonito que a gente chegava a acreditar que era francês mesmo. E a "Mulher do Arara?" Bonita, cabelos longos, trazendo nos ombros a arara de penas azuis e amarelas, naquele andar incerto, místico, pelos cantos da Cidade. Tipos de rua desfilando eternamente na memória. E o Zé Décio? Seu único livro, "Poemas e Elegias" publicado em 1953, foi o bastante para consagrá-lo como um dos grandes poetas de Goiás. Sua fama cresceu, atravessou fronteiras, mas Zé Décio não mais publicou livros. Acabrunhou-se, entristeceu-se, brigou com o mundo. Sempre era visto nas imediações do Grande Hotel, calado, cabeça baixa, andando naqueles passos poéticos tristes. Não conversava com ninguém. Diziam que o poeta estava louco. Mesmo assim não deixava de produzir versos, inéditos, escritos em qualquer pedaço de papel, hoje disputados por amigos". Neste período que vai até 1955, de acordo com o projeto "Goiânia 21", Goiânia experimenta um crescimento moderado para uma cidade recém-implantada, calmaria que vai desaparecer com a aceleração do fenômeno migratório no Brasil e especialmente com o início da construção de Brasília e das obras viárias promovendo a ligação do Planalto Central com o resto do país. Estas afirmações não diminuem, entretanto, a importância para a nova capital de surtos de crescimento populacional causados por fatos notáveis, como a chegada da ferrovia (1951) a política de interiorização de Vargas (1951-1954) a inauguração da Usina do Rochedo (1955). Em 1960 Goiânia já contava com 150 mil habitantes.




Rua 10, à esquerda a Catedral em construção


Entre as Metrópoles

A década de 60, na descrição de "A Vida de Pedro Ludovico", marca a arrancada definitiva de Goiânia rumo à imponência, à busca de seu espaço entre as maiores e mais belas metrópoles brasileiras. A década é da Goiânia do Lanche Americano, do Casablanca, das meninas do Lyceu e das paradas de 7 de Setembro, da coluna social do LBP, o Lourival Batista Pereira. Pela manhã o goianiense é acordado pela voz do jornaleiro-mirim "Fooolha de Goiás de hoooje! Poooopular de hooooje! ou o grito poético do padeiro, anunciando o pão-nosso de cada dia: - Padeeeiro!" A cidade crescendo, os bairros surgindo distantes,
Vila Coimbra, Setor Universitário, Setor Ferroviário, Setor dos Funcionários, Setor Sul, Setor Oeste, Setor Aeroporto, Setor Fama, Vila Abajá, Vila Santa Helena, Setor Pedro Ludovico, mudando a fisionomia da cidade e requerendo infra-estrutura, transportes, energia, escolas. Surgem as universidades Católica e Federal, segurando os nossos jovens que buscavam os grandes centros, matéria-prima privilegiada para expandir o desenvolvimento. Brasília, sonho de Dom Bosco e realização de JK, encosta nos calcanhares de Goiânia, trazendo, para o Centro-Oeste, as atenções universais. Pedro Ludovico, de sua casa na Rua 26, envelhecendo com a cidade, vai assistindo à brutal transformação de sua Goiânia e de seu Goiás sem "y" no meio. Zoroastro Artiaga vai juntando as peças da história para o Museu que leva seu nome. O Aeroporto muda para o Bairro Santa Genoveva e, em seu lugar, surgem espigões de apartamentos, dando nova feição à parte Norte da cidade que já se emenda com o Setor Fama, Vila Operária e Setor dos Funcionários, entrando em suas ruas no Bairro de Campinas. A grande Goiânia parece surgir na extensão horizontal-vertical de seus novos bairros, inúmeros, a descaracterizar o plano piloto do paulista Atílio Corrêa Lima: Jardim América, Setor Bueno, Nova Suíça, Vila Redenção, Vila Canaã, Bairro Feliz, Jardim Novo Horizonte, Setor Sudoeste, Vila Bethel, Setor Criméia Leste, Vila Ana Maria, Parque Amazonas, Jardim Guanabara, Cidade Jardim, Setor Urias Magalhães, Vila São José, Setor Moraes, Setor Capuava, Setor Jaó, Vila Yate, Parque das Laranjeiras, Setor Rodoviário, Jardim Esmeralda, Jardim Meia Ponte, Vila Isaura, Setor Bela Vista, Vila União, Vila Cel. Cosme, Vila Lucy, Vila Viana, Conjunto Riviera, Jardim Presidente, Jardim Califórnia e outros mais humildes que vão surgindo nas baixadas do Meia Ponte, Anicuns, João Leite, rios de infância, correndo na memória de todos nós. E Goiânia está sorrindo; não é mais a menina que brincava de cabra-cega nas várzeas do Capim Puba e se banhava, às escondidas, nas águas do Botafogo. Não é mais a Goiânia de 1933 da pedra fundamental das terras doadas por Andrelino de Morais; Goiânia de 42, do Batismo Cultural, da Revista Oeste - cultura falando mais alto na imensidão do planalto. A Goiânia de hum milhão de habitantes está crescendo, agiganta-se, suas ruas transbordam além do Meia-Ponte. Os ribeirões João Leite, Anicuns, Cascavel, Santo Antônio e Capivara, que antes deslizavam virgens, guardados pelas matas densas, correm desnudos pelos fundos dos quintais. O estudo realizado pelo Iplan aponta que a partir de 1970 e mais rapidamente de 1975, a cidade expandiu significativamente o seu parcelamento urbano. E, embora Goiânia aumentasse fortemente sua população (em 1980 já possuía cerca de 700 mil habitantes, com apenas 2% na zona rural) as exigências para novos loteamentos aumentava o valor dos lotes urbanos e fazia surgir grande número de loteamentos nas cidades vizinhas, com oferta dirigida especialmente para as classes de renda mais baixa.



Goiânia Forte, Resoluta

Chegamos à geração 70. Goiânia apresenta-se forte e resoluta em sua caminhada rumo ao destaque que conquistaria mais tarde no cenário nacional. Em seu livro, Mendonça Teles descreve a Capital "com milhares de carros conduzindo homens apressados, em busca do primeiro minuto. Três canais de televisão, três jornais diários e outros semanários, um estádio de futebol entre os primeiros do Brasil, Serra Dourada, do Vila Nova, do Atlético, do Goiás e do Goiânia e o povão de radinho em punho e o grito de gol quebrando a tarde de domingo, que se emenda até a Praça Tamandaré, onde motoqueiros fazem acrobacias nos olhos da namorada. Siron Franco, o menino prodígio, assombra o Brasil com suas telas onde "pululam anões", velhas caquéticas, bispos croróticos, potentados góticos, figuras catapléticas, "carcaças carcomidas", no dizer de Millôr Fernandes. Omar Souto, Cleber Gouveia, Amaury Menezes, D.J. Oliveira, Alcione, Vanda Pinheiro e Iza Costa vão gravando, em suas telas, a caminhada do homem e as coisas que o amarram ao universo. Maria Guilhermina, Poteiro e Neusa Moraes







Desbravando o cerrado Goiânia já ganhara vários prédios públicos. Gente de todo o Brasil continuava a chegar. A mais nova capital brasileira transformava-se na espe-
rança de vida melhor para aqueles que aceitavam o desafio de desbravar o cerrado. A foto da década de 50 mostra o asfaltamento da segunda pista da Av Anangüera próximo do Lago das Rosas

dando vida e sentimento às coisas inanimadas, esculturas vivas movimentando o nosso universo cultural.




Mapa da Região Metropolitana de Goiânia


Região Metropolitana

Buscar instrumentos de desenvolvimento capazes de beneficiar as áreas intra-urbanas, a fim de promover o crescimento sustentável e ordenado do território, com a conseqüente melhoria da qualidade de vida da população. Essa é uma das premissas básicas da Região Metropolitana de Goiânia que, além da Capital, envolve outros dez municípios conurbados ou próximos geograficamente. Muitos dos problemas que afetam as populações dos municípios envolvidos poderão ter solução mais rápida com a área metropolitana. Esses entraves se afloram com mais ênfase na questão do uso do solo, transporte urbano, geração de emprego e renda e infra-estrutura social como saúde, educação, habitação e segurança pública. Somente com a implementação de ações conjuntas rápidas e eficazes por meio de parceria do Governo Estadual, dos municípios e da iniciativa privada poderão ser solucionados os grandes problemas que vão se acumulando ao longo dos anos como conseqüência do rápido crescimento populacional e pela
ocupação desordenada do solo, além da crescente demanda por serviços públicos. Aprovada pela Assembléia Legislativa no final de 1999, a Região Metropolitana de Goiânia encontra-se em fase de consolidação. Para consecução dos objetivos propostos, a área metropolitana de Goiânia está sendo gerida pelo Sistema Gestor da Região Metropolitana de Goiânia, que compreende o Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Goiânia, a Secretaria Executiva da Região Metropolitana de Goiânia e ainda por organismos ou entidades municipais responsáveis pelo desenvolvimento urbano, em cada município.



Uso do Solo

Goiânia, Abadia de Goiás, Aparecida de Goiânia, AraGoiânia, Goianápolis, Goianira, Hidrolândia, Nerópolis, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo e Trindade são os 11 municípios que compõem a Região Metropolitana de Goiânia. A população da área atinge 1,6 milhão de pessoas, ou 36% dos habitantes do Estado, concentrados em apenas 1,5% da área territorial de Goiás. Com a aprovação da Região Metropolitana de Goiânia, através da lei complementar nº 027, foi criada também a Região de Desenvolvimento Integrado de Goiânia, na forma de uma microrregião composta por sete municípios: Bela Vista, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caturaí, Inhumas, Nova Veneza e Terezópolis de Goiás. Todos os parâmetros de funcionamento







Vista parcial do Parque Vaca Brava em Goiânia

e atribuições dessa região estão em discussão pelo Governo e definidos em lei ordinária. A principal característica que diferencia a Região Metropolitana de Goiânia da Região de Desenvolvimento Integrado de Goiânia é quanto às normas sobre uso e parcelamento do solo: na área metropolitana essas questões ficam sob a anuência prévia do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Goiânia ou seja, do órgão metropolitano gestor. Para isso foi criada na lei complementar que normatiza a Região Metropolitana de Goiânia a Câmara Temática para uso e parcelamento do solo, que funciona em caráter permanente, para analisar e estudar todas as questões ligadas ao assunto, com participação ativa da sociedade organizada.




Nos anos 40 o cruzamento da Rua 20 com a Av. Anhanguera - Centro



Primeiras Regiões

As primeiras regiões metropolitanas foram criadas no País pelo Governo Federal, por determinação da Constituição de 1967. Em 8 de junho de 1973, a Lei Complementar nº 14 estabeleceu as regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, Curitiba, Belém e Fortaleza. A Constituição de 1988 deu maior autonomia aos Estados e Municípios, transferindo a eles o poder de criação de regiões metropolitanas. Assim, nos últimos anos surgiram no Brasil as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (hoje extinta devido a
dificuldades de gestão), da Baixada Santista, da Grande Vitória, de Londrina e Maringá.



Estação de Tratamento de Esgoto

Até o final de 2001 estarão concluídas as obras de construção da Estação de Tratamento de Esgoto de Goiânia - ETE. O programa de implantação da ETE e despoluição da bacia do Meia Ponte, propiciará o renascimento da importante malha hídrica que corta a Capital, com reflexos altamente positivos para a melhoria da qualidade de vida da população, beneficiando ao todo 2 milhões de pessoas. O tratamento do esgoto sanitário é uma







Ilustração da estação de tratamento de esgoto

reivindicação antiga da população goianiense e dos 36 municípios que integram a bacia do Meia Ponte. Ao longo dos anos este rio vem recebendo praticamente todo o esgoto coletado na Capital, sem tratamento. Hoje, apenas 7% do esgoto coletado em Goiânia é reciclado. Com isso, aproximadamente 100 quilômetros do rio, à jusante de Goiânia, estão comprometidos em decorrência dessa contaminação. Com a estação, 70% do esgoto passará a ser tratado. O restante, receberá tratamento por intermédio de pequenas estações a serem construídas posteriormente. A Estação de Tratamento de Esgoto de Goiânia, chamada ETE Anicuns, está sendo construída dentro das mais modernas especificações técnicas às margens do rio Meia Ponte, logo após a confluência do Ribeirão Anicuns, na Região Norte, próxima ao Goiânia 2. O sistema Anicuns, que compreenderá o esgotamento das bacias do Ribeirão Anicuns e demais afluentes da margem direita do Meia Ponte, do Córrego Caveirinha e do Ribeirão João Leite, terá um único e principal pólo de tratamento dos esgotos, a ETE Anicuns. A recuperação ambiental do Meia Ponte, a ser proporcionada pela implantação da ETE, beneficiará, além da Capital, os municípios de Aparecida de Goiânia, Hidrolândia, Mairipotaba, Pontalina, Aloândia, Bom Jesus de Goiás, Senador Canedo, Bela Vista de Goiás, Piracanjuba, Morrinhos, Goiatuba e Panamá, atendendo, na primeira etapa, uma população de aproximadamente 800 mil habitantes. Até o final de 2005, a ETE será expandida para atender mais 1,2 milhão de pessoas. Um convênio do Programa de Execução Descentralizada, firmado pelos governos do Estado e Federal, garantirá a recomposição das matas ciliares do Meia Ponte através da instalação de viveiros em 22 dos 36 municípios que utilizam recursos do rio, ou são por ele cortados.

fonte : copilados do site http://www.felipex.com.br/goiania.htm

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